A Pedra do Reino é a nova microssérie de Luiz Fernando Carvalho, baseada na obra de Ariano Suassuna. O conceito visual é arrojado, brilhante e inovador - possivelmente único na TV mundial. Como em outras obras de Carvalho, mistura diferentes estéticas como teatro, dança, música, folclore e da própria TV numa edição ágil com colagens de diferentes cenas sempre ressaltando um universo onírico.
O projeto é complexo: a estética e os diálogos são virtuosos, por vezes confusos - é necessária muita atenção. O grande problema é a captação precária do áudio: como em outros projetos do diretor, há muitos momentos nos quais fica impossível entender o que é dito. A mixagem do áudio também é ruim: se aumentamos o volume para ouvir um diálogo, no momento seguinte uma intervenção musical aparece excessivamente alta. E esse é um grande problema: o conceito já é complexo, então a dificuldade no entendimento das falas torna o acompanhamento da série penoso.
Além disso, temos a sempre desrespeitosa e arrogante grade de horários da TV Globo: a série só passa de 3a à 6a; estreou na 3a feira às 22h30 e teve 1 hora de duração; na 4a, iniciou-se às 23h45 e terminou à meia noite e quinze (meia hora...). Na 5a e 6a feira uma hora de duração, mas começando 22h55 na 5a e no dia seguinte 23h05. Horários exdrúxulos e na hora do soninho. Depois reclamam da má audiência...
Uma pena que uma pequena obra prima tenha problemas técnicos tão graves e seja maltratada pela grade de programação. Vou ter que esperar o DVD, se sair.
O projeto é complexo: a estética e os diálogos são virtuosos, por vezes confusos - é necessária muita atenção. O grande problema é a captação precária do áudio: como em outros projetos do diretor, há muitos momentos nos quais fica impossível entender o que é dito. A mixagem do áudio também é ruim: se aumentamos o volume para ouvir um diálogo, no momento seguinte uma intervenção musical aparece excessivamente alta. E esse é um grande problema: o conceito já é complexo, então a dificuldade no entendimento das falas torna o acompanhamento da série penoso.
Além disso, temos a sempre desrespeitosa e arrogante grade de horários da TV Globo: a série só passa de 3a à 6a; estreou na 3a feira às 22h30 e teve 1 hora de duração; na 4a, iniciou-se às 23h45 e terminou à meia noite e quinze (meia hora...). Na 5a e 6a feira uma hora de duração, mas começando 22h55 na 5a e no dia seguinte 23h05. Horários exdrúxulos e na hora do soninho. Depois reclamam da má audiência...
Uma pena que uma pequena obra prima tenha problemas técnicos tão graves e seja maltratada pela grade de programação. Vou ter que esperar o DVD, se sair.
Olá, Rafael! Primeiramente, obrigado pela visita ao meu blog.
ResponderExcluirGostei da abordagem que você fez no caso de "A Pedra do Reino". Está aí uma coisa que me incomoda um pouco, e que já discutí algumas vezes no blog do Piza.
Por que a linguagem cultural não pode ser mais popular? Além dos problemas que você citou, achei a microséries um tanto elitista, de difícil compreensão para o telespectador mais simples, que é a grande maioria.
O futuro da Tv Aberta, já escreví isso no blog, é a popularização cada vez maior. Mas com qualidade. No casa d'A Pedra, há qualidade, mas não há a linguagem popular.
Uma vez perguntei no blog do Piza por que não dava para falar em Proust e Nietsche sem paracer arrogante, cansativo e elitista. As respostas foram de que "Não é a cultura que tem que se rebaixar, mas sim a população que precisa evoluir". Mas como, se não lhes dão chance?
Grande abraço! Voltarei aqui mais vezes, certamente!
Cesar
blogdocesar.blogsome.com
Pra quem levanta 5:30 da manhã como eu só vi mesmo as chamadas. Venho lendo na internet que a audiência simplesmente despenca quando começa a tal microssérie, mas não acredito que seja pela qualidade, mas sim pelo horário. Como não assisti, só posso comentar sobre o que eu li. Achei legal o fato de terem escolhido apenas atores locais e mão de obra local. Legal também o fato de ter gerado uma expectativa em um cara como eu, que não sou muito de gostar dessas coisas... Espero que o DVD saia logo.
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