segunda-feira, 30 de julho de 2007
Ah, esses franceses
Vôlei, a prova
Essa seleção conseguiu a tal união de arte e tática; Bernardinho soube aproveitar o que de melhor há em seus jogadores, a rapidez e técnica, e conseguiu amenizar os pontos fracos, como a altura e tradição de fraqueza tática mudando a forma de jogo e treinando muito. Assim, criou uma escola: um vôlei absurdamente veloz, com grande variação de jogadas, que começa a ser imitado. Que o futebol se espelhe nisso.
Criatividade versus Objetividade?
Vexame?!?
A regra do futebol masculino no Pan era: jogadores até 20 anos, mais 3 acima dessa idade. Por coincidir com o mundial sub-20, o Brasil optou (assim como a Argentina) por mandar a seleção sub-17. E por mais talentosos que os jogadores fossem - e não são tanto assim, por mais chances que tivessem de conquistar o ouro, encontrariam grande dificuldade ao encontrar garotos de 20 anos. E foi o que aconteceu. O atacante equatoriano Zura, de 24 anos, parecia um gigante perto dos brasileiros e fez a diferença. E, afinal, o Equador acabou campeão.
Nomear a atuação da seleçãozinha de vexame e jogar carga desproporcional de pressão é um pouco demais para garotos de 17 anos.
terça-feira, 24 de julho de 2007
No Limite
Dificilmente saberemos o que realmente aconteceu entre Bernardinho e Ricardinho. Toda história tem ao menos duas “verdades”. Pelo pouco que foi possível tirar de declarações de ambos, é bem provável que tenha ocorrido um “arranca-rabo” daqueles, aliado a um real desgaste de convivência. Bernardinho pode ter visto em Ricardinho uma liderança negativa, que poderia prejudicar o grupo. Ou pode ter sido uma crise de ego do técnico. Ou de estrelismo do jogador. Ou tudo isso. Ou nada disso. São muitos ou, ou, ou, e se, se, se – pura especulação. Claro que não foi muito bonito o modo como foi feito o corte, mas não imagino que teria sido melhor por telefone.
domingo, 15 de julho de 2007
Don't cry for us Argentina...
Scoop
No filme o diretor volta a atuar e está hilário; os diálogos estão afiados com sacadas inteligentes. No filme há uma boa observação: a personagem da nova musa de Woody Allen, Scarlett Johansson, durante uma investigação, é envolvida e se apaixona por um assassino, mas custa a acreditar que ele é, de fato, culpado: como pode um homem tão fino, educado, da alta sociedade cometer um crime frio e premeditado? Ela tenta se auto-enganar, dizendo que as provas não são suficientes. Mas a verdade é que a aparência, o status dele é que a faz esquecer a culpa, e não os fatos. Bela observação da sociedade. Ponto para Allen, sempre preferindo a inteligência, mesmo quando não faz o seu melhor.
terça-feira, 10 de julho de 2007
Zodíaco
Tipo de filme que gosto. Toda cena é importante e filmada com cuidado; os detalhes são tão vitais quanto o todo. É um filme “completo”: grande direção, fotografia, roteiro, texto, atuações marcantes. Não é um filme, digamos, para todos, pois é longo e lento – é preciso gostar disso, ou ao menos não ter restrições quanto a isso. É menos um filme sobre assassinatos em série e mais um filme sobre a obsessão de quem se deixou levar pela busca ao assassino; passa ao espectador a angústia de quem se envolveu – ou quis se envolver – no caso do assassinato em série, que não foi resolvido até hoje.
O diretor David Fincher – de Seven – realmente sabe como criar um clima!
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Tudo por uma bunda
Assisti "O Cheiro do Ralo". Achei interessante a ridicularização da ganância, do dinheiro e de símbolos de status e poder. O personagem do Selton Mello é – perdoem a palavra – um bosta, obcecado por coisas materiais (toscas), que vive de comprar quinquilharias, explorando desesperados. E se acha o máximo por isso – me lembrou de muita gente que não quer ser, mas mostrar: seja uma casa, um carro, um emprego ou um filho.