sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Blog Day

O Big, com quem divido um blog, o Subsolo2, me indicou para participar do blog day, no qual os blogueiros indicam visitas a cinco blogs, avisando seus respectivos donos da indicação. Aqui vão os meus:

1) Subsolo2: nasceu para ser um site. A idéia morreu. Anos depois surgiu o blog. Ficou abandonado. Este ano eu e o Big resolvemos voltar à ativa e temos postado sobre assuntos diversos, mas eu foco em futebol, música e Internet.

2) Edu Carvalho: também fez GV, escrevia no Digestivo e agora tem esse blog interessantíssimo, em que fala de quase tudo. Meus posts preferidos são sobre negócios e Internet. Seu comentário Estadão x blogueiros é impagável.

3) Blog do César: descobri acidentalmente num comentário no blog do Daniel Piza. Acessei e gostei. Tem ótimo gosto musical e faz comentários inteligentes sobre séries de TV - algo raro.

4) Dagomir Marquezi: Acompanho ele na Info, lia na Revista da Web. Gosto dos posts de jornalismo e cultura. Posso ficar sabendo de seus projetos como uma peça de teatro que escreveu. Nunca saberia isso de outro modo.

5) A VC: Conheci graças ao já citado Edu Carvalho. O cara é um venture capitalist e mora em Nova York. Não tem nada a ver comigo. Mas os posts sobre negócios e Internet sempre têm um diferencial.


Living Colour no Via Funchal: 30/08/07

Alexandre Schneider/UOL


O Living Colour está virando, num certo - e bom - sentido, um Deep Purple. A banda de Ian Gillan, Roger Glover, Steve Morse, Ian Paice e Don Airey tem vindo ao Brasil a cada dois anos, período em que se repetem as mesmas bobagens na imprensa: notinhas enxarcadas de ironia - dinossauros, passou a época, blábláblá. Comentários padrão com pouco conhecimento de causa. E ainda assim eles enchem os shows, que nunca são menos que excepcionais; eu sempre acho que não pode ser tão bom quanto o anterior, mas é.

Com o Living Colour está acontecendo o mesmo. Retornou ao Brasil há 3 anos, depois de mais de 10. E essa semana nos visitou de novo - e repetiram a sensacional performance. A banda é incrível, consegue como raríssimas outras unir groove e peso, virtuose e canções certeiras. Todos os integrantes não são menos que fenomenais em suas funções, estudiosos e criativos - fica até difícil escolher um destaque. Corey Glover tem voz, carisma e presença de palco fantásticos, Vernon Reid une virtuosismo extremo a belos acordes e texturas sonoras, Doug Wimbish é baixista de um som volumoso e poderoso e o baterista Will Calhoun é sinônimo de groove, precisão e variações rítmicas. Aliás, a banda toda é ótima neste último quesito. Não à toa tem o nome que tem, pois o som é uma explosão de cores, contrapontos melódicos e rítmicos.

O show começou meio confuso. Tentaram tocar "Desperate People" por duas vezes. Na primeira, o microfone de Corey falhou. Na segunda, foi a vez da guitarra parar. O público, que encheu, mas não lotou o Via Funchal, vibrava até com os erros. Depois das duas tentativas, os integrantes fizeram uma mini-reunião e resolveram alterar a música. Foi então que entrou uma veloz versão de "Type", que pode ser vista aqui. O Living Colour tem dezenas de grandes canções, inteligentes musicalmente, com muita pegada, swing devastador e belas melodias. Enfim, musicas marcantes, sem perder a qualidade na execução.


Minhas preferidas no show foram algumas das minhas preferidas em disco: "Type", "Go Away", dedicada ao recém falecido fundador do CGBG, uma aceleredíssima "Time's Up", "Sacred Ground", "Love Rears Its Ugly Head", "Desperate People", a clássica "Cult of Personality" e "Elvis Is Dead", em que Corey Glover, antes de começar a música, chamou o público a gritar com ele "Elvis está morto!", em português, mesmo!

O triste é ter que ler essa matéria no UOL, que faz infeliz comparação do show com o game Guitar Hero, só fala do virtuosismo dos músicos sem sequer ressaltar a qualidade das canções e ainda erra, dizendo que o repertório do show foi calcado no disco Collideoscope, sendo que a única música desse disco foi "Sacred Ground", que já havia sido gravada anteriormente na coletânea Pride. Lamentável.

Outra coisa lamentável foi a atuação dos seguranças percorrendo a pista por todo o show e impedindo os fãs de filmarem com seus celulares. Um trabalho à toa para os funcionários, desagradável para os espectadores e inútil - brigar contra algo que já é realidade.

Para não ficar com duas situações ruins no fim do texto, indico aqui o vídeo deles tocando "Glamour Boys" no Jô, este vídeo de "Cult Of Personality" e a seguir a música "Type", para quem quiser conhecer mais a banda.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

O Brasil precisa de iniciativas como essa.

O Fred Wilson colocou em seu blog um comentário sobre um espaço público de Nova York chamado Pier40 (pertencente ao Hudson River Park Trust) que procura uma nova vocação. Lá ele explica como a comunidade - incluindo ele (que é um venture capitalist) e outros empresários - está empenhada em achar essa vocação unindo investimento privado e público e atenta aos seus respectivos interesses, como o retorno do investimento e as vontades da comunidade. Acho que falta isso no Brasil: a comunidade se organizar para recuperar locais públicos e torna-los importantes e rentáveis. Não esperar só pela boa vontade do goverrno, que nunca chega.

Joost e eu: dificuldades.

Comecei a testar o Joost. Tenho a configuração mínima requerida, que se no Brasil é uma boa máquina nos países mais, digamos, tecnológicos é sucata. Ainda vou tentar usá-lo mais algumas vezes, mas por enquanto vão aqui algumas observações:

1) Lentidão do programa: certamente no Japão, EUA e Europa o Joost deve rodar tranquilamente. Mas não consegui usar se algum outro programa estava rodando - mesmo que não estivesse aberto. Se aberto sozinho, funciona até que bem. Ainda assim, foi difícil de manejar as ferramentes com rapidez.

2) Imagem ruim: Com a banda larga do nosso pobre país a imagem ficou parecendo um streaming de cinco anos atrás, só que em tela cheia: imagem e transmissão picotadas. Quando minha conexão ficou mais estável consegui boa fluência de envio de dados, sem cortes, mas a imagem continuou ruim.

3) Busca confusa: Pelas dificuldades acima não consegui usar todas as ferramentas. Mas não gostei da busca. Os resultados não são precisos. Se eu busco "Guns n Roses" me é retornado apenas o clipe de "Welcome to the Jungle". Os demais resultados devem ser nomes de programas que nunca ouvi falar. Talvez até tenham Guns na sua programação, mas fica difícil saber.

Apesar desses problemas ainda não desisti! Mais comentários nos próximos dias.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Ofício x Formato

Qual a coisa que um jornalista mais teme, mas finge desprezar? Um blogueiro. E o dono do jornal/revista? A Internet. Pois não deveriam nem de longe ter medo de blogs, muito menos da rede virtual. Esperneiam contra isso quando não deveriam; estão confundindo ofício com formato: o ofício de jornalista não vai acabar, o que muda é a forma como ele é feito e consumido. Em primeiro lugar porque, ao menos no Brasil, ainda não há muita gente "bombada" nesse formato. Segundo, um “reles” blog pode oferecer muito a um nicho, mas um jornalista bem preparado pode oferecer muito mais, se entender sobre as ferramentas blog e Internet. Acredito que blogs estão sendo ligeiramente superestimados, não são necessariamente, sozinhos, o futuro e não substituem, claro, uma opinião bem fundamentada, como provam o finado NoMínimo, este Digestivo, entre outros – ainda que, comercialmente, sites de cunho jornalístico não sejam viáveis. O futuro ainda é a Internet, que veio para mudar, sim, mas também para ajudar. Leia mais...

Futebol Irreal


Fico lendo as notícias sobre transações no futebol mundial. Pato vai embora por US$ 20 milhões. Daniel Alves pode ter proposta de mais de 30 milhões de Euros. Futebol espanhol chega perto do gasto de 1 bilhão de reais em reforços, sendo que um jogador nada mais que médio como Diego Forlán "vale" R$ 55 milhões.

Posso entender que seja um processo natural, que dinheiro gera dinheiro, que a inflação de números é que faz os clubes e jogadores ganharem mais, conseguirem patrocínios, cotas de TV e vendas de ingressos e merchandise maiores. Mas é difícil aceitar. Mesmo no Brasil, jogadores reclamam de receber R$ 30 mil por mês, que já é uma quantia altíssima, mesmo para uma profissão com tempo de trabalho pequeno.


O Brasil ainda está num estágio embrionário de futebol-negócio. Mas dificilmente conseguirá alcançar os Europeus. E não apenas por incompetência, baixa renda per capita ou o que quer que seja. Também porque as cifras do futebol atual estão irreais.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Dove Evolution

Num seminário de marcas um palestrante citou o vídeo do Dove Evolution. Hoje saiu no Link, do Estadão. Resolvi ver no youtube e é ótimo, mostra como é produzido, fabricado mesmo, o padrão de beleza atual. A abordagem não é nova, algumas revistas já fizeram, recebi emails com situações parecidas, mas é interessante uma marca de cosméticos usar isso como mote. Vale a pena ver.

Foo Fighters - The Pretender

A melhor coisa da existência do Nirvana foi a possibilidade do surgimento do Foo Fighters. A atual banda de Dave Grohl não vai salvar o mundo, nem traz nada novo. Mas é bem legal e melhor do que muito rock exaltado por uma estranha crítica que venera White Stripes e The Strokes. O novo single, The Pretender, está no myspace deles e é o que se espera: rock bem feito, melódico e com pegada. A banda não tem nenhum virtuoso, mas todos sabem o que estão fazendo. Vale ouvir, pra dar uma animada na 2a feira.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Joost


Pedi e, em menos de uma semana, recebi o convite para o Joost, que promete ser a revolução da utilização de vídeos na Internet. Vou começar a usar e em breve posto minhas impressões. Será que é tudo isso que promete?

domingo, 5 de agosto de 2007

Guinga e sua Casa de Villa

O novo disco de Guinga, Casa de Villa, é uma obra-prima. É o que ilustra com mais precisão sua música e personalidade. Com uma concisão estética de arranjos e com o próprio cantando na maior parte das faixas, consegue retratar mais fielmente que os outros registros (também ótimos!)o universo de Carlos Althier de Souza Lemos Escobar. Ele se formou academicamente como dentista, profissão que exerceu como meio de vida até pouco tempo e foi sempre músico pela música, não pelo trabalho, pelo dinheiro (como se fosse fácil viver de música aqui...), ego, vaidade, reconhecimento ou aplauso. Musicalmente, Guinga segue buscndo a união do erudito ao popular, como fizeram Ernesto Nazareth, Villa-Lobos, Pixinguinha, Tom Jobim, Moacir Santos e tantos outros. Leia mais...