domingo, 15 de julho de 2007

Scoop




Scoop é mais uma prova de que um Woody Allen médio ainda é acima da média e é sempre inteligente. Não há novidades em seus filmes (a crítica adorou Match Point, eu achei fraco) e em Scoop há até repetição: como em Escorpião de Jade há o mágico (e até no nome falso ou Scarlett Johansson cria, Jade), como em recentes filmes de Allen a obsessão pelo tema de um "zé mané" tentando entrar num universo elitizado (como em Trapaceiros e Match Point), os personagens interpretados por Allen são sempre obsessivos.

No filme o diretor volta a atuar e está hilário; os diálogos estão afiados com sacadas inteligentes. No filme há uma boa observação: a personagem da nova musa de Woody Allen, Scarlett Johansson, durante uma investigação, é envolvida e se apaixona por um assassino, mas custa a acreditar que ele é, de fato, culpado: como pode um homem tão fino, educado, da alta sociedade cometer um crime frio e premeditado? Ela tenta se auto-enganar, dizendo que as provas não são suficientes. Mas a verdade é que a aparência, o status dele é que a faz esquecer a culpa, e não os fatos. Bela observação da sociedade. Ponto para Allen, sempre preferindo a inteligência, mesmo quando não faz o seu melhor.

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